domingo, 27 de fevereiro de 2011

Patrícia Amorim: 'Se Flamengo é Flamengo, Ronaldinho é Ronaldinho'

Presidente rubro-negra dá medalha que ganhou ao zagueiro Jean, que havia ficado sem a dele: 'Quem faz o espetáculo é o jogador'.



Depois de tudo o que aconteceu em 2010, Patrícia Amorim experimentou, no fim de tarde desse domingo, a sensação de alívio com a primeira conquista desde que assumiu o clube, logo depois do título brasileiro de 2009. A eliminação da Libertadores, a demissão do então técnico Andrade, as saídas de Adriano e Vagner Love, a prisão do goleiro Bruno, a ameaça de rebaixamento no Brasileirão e a saída de Zico formaram a extensa lista de problemas.

Mas 2011, pelo menos no início, parece bem menos pesado. A conquista da Taça Guanabara fecha o primeiro bimestre da temporada da melhor maneira possível. E Patrícia não esqueceu de ser grata ao astro da companhia. Derramou-se em elogios ao herói da 19ª Taça Guanabara conquistada pelo clube, de forma invicta. Não só pelo que fez em campo, mas pelo que tem representado para o clube e para o grupo.



- Ele é um rapaz solteiro, que gosta do pagode, é alegre, divertido, feliz. Já é um jogador consagrado. Nunca deixou de ir a um treino, não faltou, não se atrasou. Nunca deixou de dar apoio aos companheiros. Tudo que precisei ele atendeu. Só tenho a agradecer a ele e a todos os jogadores. Nada ele deixou de cumprir. Talvez não tenha ainda jogado o futebol que vocês esperavam, mas na hora decisiva foi ele quem fez o gol. Se ele disse que Flamengo é Flamengo, eu digo a ele que Ronaldinho é Ronaldinho.
Patrícia Amorim ficou sem a medalha de campeã da Taça Guanabara. Mas foi por uma boa causa. Durante a cerimônia de premiação dos jogadores, o zagueiro Jean ficou sem a dele. A presidente não pensou duas vezes.

 - Eu estava ajudando a distribuir as medalhas e faltou uma. Tirei a minha e dei para o Jean. Falei que quem faz o espetáculo é o jogador. A prioridade é dos atletas. O papel do dirigente é fazer com que eles entrem em campo tranquilos. Acho que conseguimos fazer isso.



Para a mandatária, os dois primeiros meses do ano foram perfeitos para o Flamengo. Segundo ela, vitórias que lavam a alma depois de um 2010 de polêmicas e constante ebulição.

- Você começar o ano trazendo Ronaldinho, Thiago Neves, Felipe, Vander, Wanderley, todos que trouxemos, conseguir o título da Copa São Paulo de Futebol Júnior, o reconhecimento do título de 87, que historicamente é fundamental, e a Taça Guanabara, é muito bom. Significa que começamos o ano bem. Que termine como começou.

Patrícia não se esqueceu dos problemas pelos quais passou em 2010. Agora, curte o outro lado da moeda. Mas o título da Taça Guanabara não ilude a dirigente.

- Eu passei por essas pressões. O maior mérito não é o título em si, mas que conseguimos trabalhar e ter habilidade na hora difícil. Tivemos tranquilidade de passar por dificuldades e poder comemorar hoje. Esporte sempre dá a segunda chance. É a maior lição. O ano de 2010 não foi bom, 2011 começou com tudo em cima.  Sabia que em algum momento a vitória aconteceria de novo. Mas amanhã  já começa a cobrança do novo campeonato, da Taça das Bolinhas, do contrato de TV, da Copa do Brasil. Vou dormir bem hoje, mesmo sabendo que amanhã vai ter crítica.

Sobre a crise com o Clube dos 13 e a decisão de negociar em separado os contratos de transmissão do Campeonato Brasileiro, Patrícia reiterou a intenção de estar junto com os outros clubes do Rio.

- A essência da criação do Clube dos 13 são os clubes decidirem o futuro dos clubes. Quem vai vencer é o melhor contrato, a negociação faz parte.


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Video Gol Flamengo 1 x 0 Boavista 27/02/2011




Final Taça Guanagara

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Foram 534 minutos em campo com a camisa rubro-negra. Nas seis partidas pelo Flamengo desde que chegou, Ronaldinho Gaúcho não conseguiu, até o momento, repetir as grandes atuações que o fizeram ídolo no Barcelona, no Milan e na Seleção Brasileira. Mas craque, mesmo sem brilhar, pode decidir. E numa cobrança de falta, relembrando outros camisas 10 decisivos, como Zico e Petkovic, o novo ídolo rubro-negro começou a escrever sua história no clube. Aos 26 minutos do segundo tempo, cobrou com maestria e correu para o abraço. E, junto com o time, comemorou no embalo do "Bonde sem freio", rap que vinha embalando os jogadores na semana da decisão, o gol que garantiu, neste domingo, a vitória por 1 a 0 sobre o Boavista e a 19ª Taça Guanabara para o clube, de forma invicta.

Ao fim da partida, todos os jogadores, puxados pelo camisa 10, voltaram a fazer a coreografia do "Bonde do Mengão sem freio". Ronaldinho comemorou como um garoto que iniciava a carreira. E a torcida do Flamengo, que lotou o Engenhão, vibrou com a primeira conquista da temporada 2011. "Que torcida é essa?", gritava, eufórica. Com os jogadores já no alto do pódio para receber as medalhas e erguer a taça, cantou o hino do clube.

Com a conquista da Taça Guanabara, o Flamengo assegurou vaga cativa na decisão do Campeonato Carioca. Ao Boavista, resta o consolo de ter feito uma boa campanha no primeiro turno e, pela primeira vez, ter ido a uma decisão.

O gol marcado deu a Ronaldinho a alegria de, também, ser o responsável pelo primeiro grito de carnaval da torcida rubro-negra. O camisa 10, que desfilará na Portela e na Grande Rio, poderá brincar também à vontade no bloco que criou - Samba,.Amor e Paixão - no próximo domingo.

Ronaldinho de centroavante

O técnico Vanderlei Luxemburgo surpreendeu ao sacar Deivid e escalar o argentino Bottinelli no meio-campo, deslocando Ronaldinho para a posição de centroavante. A outra alteração foi a saída de Ronaldo Angelim para a entrada do lateral Egídio. A ideia, segundo o treinador, era usar três meias - Thiago Neves, Renato e Bottinelli - para municiar o camisa 10. A opção por Egídio era criar pelo lado esquerdo mais uma opção de ataque.

Foi até do camisa 6 a primeira boa jogada, aos cinco minutos. O lateral foi à linha de fundo e centrou para Thiago Neves cabecear. A zaga do Boavista interceptou. Mas o que se viu em boa parte do primeiro tempo foi um Flamengo tocando muito a bola, mas com poucas infiltrações para criar oportunidades. Com Ronaldinho preso na área e Bottinelli e Thiago Neves errando passes, o esquema de Vanderlei não deu certo.

O Verdão de Saquarema, desde o início, dava a senha do que seria sua estratégia: esperar o Flamengo em seu campo para partir em contra-ataque e aproveitar os buracos da defesa. Durante os 11 primeiros minutos, nem uma coisa nem outra. O Flamengo só conseguiu a primeira boa jogada de gol quando Ronaldinho saiu da área e foi para a ponta esquerda. Livrou-se de Bruno Costa e centrou para Thiago Neves cabecear pelo lado direito. Mas o goleiro, xará, espalmou para escanteio. Pouco depois, pela direita, Léo Moura recebeu na medida de Thiago Neves e bateu cruzado, para fora, na melhor oportunidade de gol.

Se o Flamengo melhorava o seu toque de bola, o Boavista não conseguia puxar os contra-ataques. Renato era eficiente no primeiro combate, e Willans e Maldonado marcavam em cima Tony e Leandro Chaves, os armadores da equipe da Região dos Lagos. Com isso, Frontini não conseguia ser acionado.

Queda de ritmo

Com os termômetros marcando 42 graus no Engenhão, os dois times caíram de ritmo. Muito marcado na área, Ronaldinho caía pelos flancos para ajudar na armação, mas pouco dava sequência às jogadas. Bottinelli, sem ritmo de jogo, errava o último passe. Thiago Neves raramente servia bem e pecava pelo excesso de individualismo.

O time só voltou a levar susto à meta do Boavista num lance sem querer de Egídio. Na tentativa de centrar para a área, ele quase encobriu o goleiro Thiago, que se esticou para espalmar a bola. O goleiro voltou a aparecer bem aos 40 minutos, quando o Flamengo acertou uma jogada pela direita, no lançamento de Maldonado para Bottinelli. O argentino foi à linha de fundo e centrou para encontrar Ronaldinho, que vinha na corrida. Mas Thiago saiu bem do gol e espalmou, salvando o Boavista.

No fim do primeiro tempo, as duas equipes se aproveitaram de erros para criar chances de abrir o placar. Na única que o Boavista teve, Leandro Chaves aproveitou-se de um desequilíbrio de Maldonado, que ao tentar dominar a bola caiu. O camisa 10 do Verdão de Saquarema bateu com violência, mas no meio do gol. Felipe rebateu. O Flamengo contra-atacou com Welinton na área adversária. Em bola resvalada erradamente pela zaga, o camisa 3 rubro-negro pegou a sobra e bateu por cima.

Mudanças

Vanderlei atendeu aos pedidos da torcida e lançou Negueba no lugar de Bottinelli, no segundo tempo. O Boavista começou a sair um pouco mais para o ataque, e o técnico Alfredo Sampaio, com dez minutos, lançou o lateral-direito Joílson no lugar de Bruno Costa, para subir melhor ao ataque.

Depois que Negueba fez boa jogada pela direita e centrou para Thiago Neves, que chegou atrasado, Vanderlei resolveu mexer no Flamengo novamente. Sacou o lateral Egídio para pôr o atacante Diego Maurício. Com isso, Renato foi para a lateral, e Ronaldinho voltou ao meio-campo. As jogadas não saíam. A torcida se irritava, Vanderlei também. Ao reclamar de uma falta de Maldonado marcada pelo árbitro, acabou advertido. O Boavista ensaiava sair mais para o jogo, mas esbarrava nos erros de passes e na boa cobertura rubro-negra.

Gol de falta

Aos 25 minutos, o lance da partida e de Ronaldinho na Taça Guanabara. Edu Pina derrubou Thiago Neves próximo da área. Não houve quem não pedisse Ronaldinho para bater. E o camisa 10 relembrou os grandes tempos de Barcelona ao cobrar com maestria. A bola cobriu a barreira e foi descaindo à esquerda de Thiago, que sequer pulou. Antes de a bola entrar, Ronaldinho já saiu correndo para comemorar. E, junto com o time, fez a coreografia do "Bonde do Mengão sem freio", inspirado no funk que virou febre entre os jogadores.

Com a vantagem, Vanderlei fortaleceu a defesa ao trocar o cansado Thiago Neves por Ronaldo Angelim. Pouco depois, após dividida em que Renato Abreu bateu com o joelho no peito de Frontini, o atacante do Boavista deu um tapa no jogador rubro-negro, que valorizou o lance. O átbitro expulsou o argentino.

O Boavista pressionou, e no fim da partida, o time reclamou de pênalti em Gustavo, não marcado pelo árbitro. O time de Saquarema lutou, mas a Taça GB já tinha dono. Mais uma vez, foi para a Gávea.

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